"Ordenara-se Sacerdote o Pe.
Pedro Ribeiro de Carvalho, neto do Brigadeiro, porque filho de sua
primogênita, Luiza Bezerra de Menezes, e de seu primeiro marido, o
Sargento-mor Sebastião de Carvalho de Andrade, natural de Pernambuco. Para
que o padre pudesse celebrar diariamente, sem lhe ser necessário ir a Crato,
Barbalha ou Missão Velha, a família combinou com o novel sacerdote a ereção
de uma capelinha, no ponto principal da Fazenda, perto da casa já existente.
(OLIVEIRA, 1981:33-34).
A Capela foi consagrada a Nossa Senhora das Dores, cuja imagem foi trazida de Portugal”.(id.:35).
Amália complementou as informações acima, citando Irineu Pinheiro, autor do
livro Efemérides do Cariri :“Quem ler “O Sul do Ceará”, hebdomadário cratense, de 16 de abril de
1905, lerá, em artigo assinado por José Joaquim de Maria Lobo, ter sido
assentada a Pedra Fundamental da Capela de Nossa Senhora das Dores de
Juazeiro do Norte, em 15 de setembro de 1827, havendo Missa cantada na casa
de Oração pelo Padre Ribeiro Monteiro (o mesmo que também assinava Carvalho)...”
(OLIVEIRA,1981: 34-35).A
primitiva imagem da Mãe das Dores. A imagenzinha de Nossa Senhora das
Dores – adquirida pelo Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro, em Portugal – foi
venerada como padroeira da Fazenda Tabuleiro Grande e do povoado de “Juazeiro” por cerca de 60 anos. Zélia Pinheiro,
escrevendo – no opúsculo Sesquicentenário de Fé – sobre a inauguração, em 19
de agosto de 1884, da nova capela de “Juazeiro”, esta já construída pelo Padre Cícero, em substituição à primitiva,
edificada pelo Brigadeiro, narra:
(...) "Continuava como Padroeira Nossa Senhora das Dores e fora colocada
no Altar a mesma imagem trazida de Portugal para a Capelinha da Fazenda
Tabuleiro Grande. Era uma imagem em estilo bizantino, de madeira, muito bem
esculpida, tendo setenta e cinco centímetros de tamanho e permaneceu no
Altar-Mor até setembro de 1887, quando foi trocada pela imagem que até hoje
está lá". (PINHEIRO, 1977:26)
.Referências Bibliográficas:OLIVEIRA, Amália Xavier de. Conheça o Cariri. Crato: Tipografia e
Papelaria do Cariri, sem data.16 p.OLIVEIRA, Amália Xavier de. O Padre Cícero que eu conheci: verdadeira
história de Juazeiro do Norte. 3ª ed. Recife: Editora Massangana, 1981. 332
p.PINHEIRO, Zélia. Sesquicentenário de Fé – Juazeiro do Norte –
Ceará – 1827 a 1977. Crato (CE): Empresa Gráfica Ltda, 1977. 50 p.
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